Polícia

Policiais responderão por homicídio devido as 28 mortes no RJ

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Policiais vão responder por homicídio qualificado e fraude. Foto via grupo Enfoco

A juíza Elizabeth Machado Louro, titular da 2ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra dois policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil pela morte de Omar Pereira da Silva, durante a operação no Jacarezinho, que deixou 28 mortos, em maio deste ano. Douglas de Lucena Peixoto Siqueira vai responder por homicídio qualificado e, juntamente com Anderson Silveira Pereira, por alterar o estado de lugar no curso de diligência policial e produzir prova por meio manifestamente ilícito.  
 
Na decisão, a magistrada também determinou que os dois policiais sejam afastados da função pública externa, exclusivamente as relativas a operações policiais - onde quer que venham a ocorrer - e de toda e qualquer atividade policial no bairro Jacaré/Jacarezinho, onde ocorreram os fatos, incluída a frequência ou acesso a unidades da Polícia Civil ou da Polícia Militar. A dupla também está proibida de manter contato com qualquer morador da comunidade Jacaré/Jacarezinho, incluindo as testemunhas arroladas do caso.  
 
Em sua decisão a juíza justifica que 'pelo que consta dos autos e dada a gravidade dos fatos sob análise, os apontados agentes não estariam aptos a figurarem em operações policiais externas, sob pena de pôr em risco a ordem pública'.

Relembre o caso

A operação Exceptis deixou 28 pessoas mortas, sendo 27 ditos como criminosos e um policial civil, na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em maio deste ano. A ação ficou conhecida como a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro. Na ocasião, testemunhas relataram que policiais atiraram em pessoas que já estavam rendidas, o que seria o caso de Omar Pereira da Silva.

Os policiais estavam no local para investigar o aliciamento de crianças e adolescentes em prol de ações criminosas como roubos, assissinatos e sequestros.

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